sábado, 5 de junho de 2010

GENGIBRE

Gengibre


Festas juninas lembram frio e para espantá-lo nada melhor que uma boa caneca de quentão. Será que é verdade? Bem, de acordo com a fitoterapia chinesa, o gengibre, ingrediente básico do poderoso quentão, tem mesmo esta capacidade de espantar o frio. Mas o famoso gengibre vai muito além do quentão. Vamos conhecer melhor esta raiz de sabor intenso.

O gengibre é uma planta herbácea tipicamente tropical. Suas hastes surgem ao longo do forte rizoma, ricos em substâncias aromáticas e óleo essencial, utilizados in natura na preparação de diversos pratos da cozinha oriental. Secos, são empregados no preparo de extratos, para condimentos, bebidas alcoólicas, licores, confeitaria e refrigerantes; por destilação em corrente de vapor, obtém-se um óleo essencial adotado em perfumaria. Suas folhas são verdes, longas e aveludadas na parte inferior. As inflorescências surgem na base da planta, oriundas diretamente do rizoma. Elas são sustentadas por hastes fortes, eretas, com cerca de 40 cm. A espécie varia de 1,2m a 2 metros de altura.

Os rizomas da planta, as partes subterrâneas e comestíveis, são os responsáveis pela propagação vegetativa. Para o cultivo, o solo ideal deve ser argilo-arenoso, fértil e de boa drenagem. A cultura necessita de muita água, mas não suporta encharcamento. O plantio deve ser feito no início da estação das chuvas.
O gengibre prefere solos com pH entre 5,5 e 6,0 e a correção com calcário deve ser feita no mínimo três meses antes do plantio. Os sulcos de plantio precisam ter cerca de 15 centímetros de profundidade e a distância recomendada entre os rizomas é de 5 a 8 centímetros. Depois de plantados, os rizomas são cobertos com uma camada de 10 centímetros do solo.
Embora resistente, o gengibre necessita de alguns tratos culturais: a chamada "amontoa" (o rizoma cresce para cima, portanto, é preciso cobri-lo periodicamente com terra), a irrigação e o controle de pragas. O ciclo da planta varia de sete a dez meses. Os rizomas estão no ponto de colheita quando a planta entra em período de dormência (inverno).

No paisagismo, o gengibre vermelho em especial, encaixa-se perfeitamente em renques junto a muros ou em maciços sob a copa das árvores. Sua folhagem tropical é muito bonita, mas sensível a queimaduras, portanto deve-se evitar a luz direta do sol. Em condições ideais seu crescimento é rápido. Também pode ser plantada em vasos e jardineiras, tendo desta forma seu crescimento controlado.
As inflorescências do gengibre são muito duráveis e utilizadas como flor-de-corte em belos arranjos tropicais.

Quanto ao bom e velho quentão das festas juninas, existem várias versões. Algumas bem típicas de determinada região do Brasil. Esta receita é uma das mais básicas, de minha querida Vovó Stela:
Ingredientes
1 litro de cachaça ou aguardente
1 pedaço de gengibre cortado em pedacinhos
6 folhas de alfavaca
3 paus de canela
1/2 litro de água
1 copo de açúcar
Preparo
Numa panela grande ou caldeirão, misture todos os ingredientes e deixe ferver. Depois, coloque em uma chaleira e mantenha sempre quente.
Abraços e “boa festança”

Um comentário: